Conheça os produtos e intervenções que tornam as piscinas locais mais seguros para se divertir

Texto: Helder Maldonado | Fotos: Divulgação | Adaptação web Caroline Svitras

Matéria original: Casa & Construção

 

À primeira vista, a piscina pode até parecer um local inofensivo. Mas ao analisar detalhadamente, esse é um espaço que esconde diversas armadilhas. Principalmente para crianças e adolescentes.

Acidentes que envolvem os pequenos e as piscinas não são incomuns. Quase todos os afogamentos de crianças no Brasil acontecem nas piscinas. Mas esse não é o único risco em um recinto que deveria ser sinônimo apenas de diversão. Fraturas, escoriações, escorregões e até mesmo sucção por ralo mal instalado compõem a lista dos acidentes que podem ocorrer nelas.

Como evitar

Um projeto condizente com o que há de mais moderno e seguro no mundo é o mínimo que deve ser feito para evitar acidentes. No Brasil, não há legislação que determine os itens de segurança básicos de uma piscina. Por isso, pesquise e converse com o engenheiro responsável para que a piscina seja construída de forma segura. Um bom modelo para se espelhar é o da legislação colombiana, considerado o mais seguro do mundo.

Pisos e bordas

O piso ao redor da piscina deve ser drenante, poroso e áspero para diminuir a incidência de escorregões. Mas também deve ser atérmico, pois trata-se de um lugar exposto ao sol. Dessa forma, um piso que não esquente muito diminui o desconforto ao caminhar ao seu redor. Entre os pisos mais indicados estão a ardósia branca, pedra são Thomé, pedra Minas, pedra Goiás, pisos agregados (que podem conter PET em sua fórmula), cimentícios específicos, mármore travertino bruto e não-polido, além dos deques de madeira e porcelanatos/cerâmicas especialmente desenvolvidos para piscinas.

Cercas e portões

Para proteger as crianças e animais, é imprescindível instalar cercas específicas e portões com travamento de segurança na borda da piscina. Esse delimitador de acesso conta com barras com encaixes subterrâneos e é desmontável. A fabricação do produto pode ser feita em vários materiais, como PVC, alumínio e poliéster revestido. A altura média para as cercas é de 1,20 m de altura. “Nos Estados Unidos isso é regra. Não se constroi piscina sem levar em consideração a proteção básica para as crianças”, comenta Christian Abad, diretor da Protect a Child.

Coberturas

As cercas já ajudam a proteger o acesso às piscinas, mas as coberturas também são importantes para evitar acidentes e afogamento. As mais comuns no mercado são fabricadas em vinil e devem suportar até 120 kg de peso, caso alguém caia na piscina. Se possível, indica-se escolher coberturas com material anticorrosivo, para maior durabilidade.

Acessórios e ralos

Um dos principais causadores de acidentes são os ralos de sucção, que podem protagonizar graves cenas. Por isso, hoje é indicado construir piscinas com sistemas de filtragem menos agressivos ou proteção para esses ralos, que podem sugar partes do corpo e causar acidentes fatais.

Além disso, corrimões plásticos de alta resistência, escadas construídas no local, com degraus marcados e firmes, também são importantes. E para reforçar a segurança dos pequenos, coletes salva-vidas e boias integram o traje básico da criança na piscina. “No mercado há basicamente dois modelos de coletes flutuantes: um muito barato, feito de vinil inflável, e o mais indicado, que é produzido em neoprene super confortável”, explica Filipe Sisson, CEO da iGUI Piscinas.

Materiais químicos

Com exceção do cloro e do peróxido de hidrogênio – que são altamente agressivos -, os demais produtos de limpeza de piscina não são tão perigosos, mas devem ser armazenados longe das crianças, em lugar seco, fresco e arejado. Apesar disso, os produtos não deixam de ser químicos e por isso é necessário atenção ao manipulá-los, mesmo que o consumidor já esteja acostumado a lidar com eles.

Mobiliário

Os móveis devem estar preparados para as intempéries e por isso materiais como inox, alumínio, madeira e plástico são os mais indicados. Os móveis devem ter cantos arredondados em todas as partes externas e precisam ser adquirido preferencialmente em lojas especializadas.

 

Revista Casa e Construção Ed. 102

Adaptado do texto “Diversão protegida”